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Solilóquio 2
Precisei chegar aos 84 anos para entender Ruy Barbosa e concluir, “É, hoje tenho vergonha de ser brasileiro”. Não, não confundam “ser brasileiro” com “haver nascido no Brasil”. Não! A vergonha que me queima o rosto e o faz arder, é aquela que surge da constatação do ponto a que chegamos. Onde foram parar a honra, a honestidade, a moral, a cultura, os chamados “bons costumes” , o respeito ao nome de família, as amizades e outras tantas posturas, hoje consideradas meras velharias. Quando criança aprendi a nadar no rio Tietê. Sentia-me um verdadeiro curumim, mergulhando em águas límpidas e podendo contemplar deslumbrado os pequeninos “pitus” perseguidos pelas traíras, lambaris e outros peixes maiores e isso bem ali, na Penha, nos arrabaldes da cidade de São Paulo. Freqüentei o “catecismo” e na minha inocência de criança passei a acreditar e a respeitar os dogmas da Igreja, que hoje nem os religiosos respeitam, e não sei se ainda acreditam. Aprendi também os mandamentos: “nã...
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